CONFABLOGANDO COM OS BOTÕES

Ela subiu até o topo da montanha mais alta, abriu os braços, elevou-os em direção aos céus e gritou com toda força e vontade! A sensação era de total libertação, de alegria, firmeza e conquista da própria vida. As nuvens precipitaram numa grande tempestade. Ela continuou de braços abertos, com os pés fincados na rocha e aceitou a chuva como um presente divino. O céu foi ficando limpo e os raios de sol miraram o seu rosto. E lá estava ela, iluminada, radiante! Todas as flores ao seu redor desabrocharam, saudando a nova estação - r enascimento! Gentileza da Vida que abriu diante de seus pés um novo caminho!

"(...) farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz." - Clarice Lispector Seus textos me tiram da "zona de conforto". Sua essência é de uma intensidade desconsertante! Adorooooo! Sinto-me mergulhando na ferida que não sangra, como se os sentimentos e pensamentos gritassem e fizessem todo o corpo pulsar. Clarice escreve como se pintasse telas, esboçando o mapa dos devaneios da alma, dos cantos mais obscuros de nossas mentes e dos gestos mais humanos - dotados de arbritrariedades e contradições possíveis. Obrigada por ter existido, mulher!