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Mostrando postagens de maio, 2009

EU, CAÇADORA DE MIM!

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A gente aprende, no peito e na raça a caminhar sem sandálias, descalça, sem medo de machucar os pés, já calejados. Há desconforto, caminhos de pedra, estilhaços, mas os passos são mais precisos e a escolha da trilha é mais apurada. O cansaço existe, mas a vontade de chegar ao destino é maior. É a certeza do caminho que faz o coração acelerar. Bombeia mais sangue num ritmo frenético... sentidos estimulados, instinto apurado. Já estou no alto da montanha e avisto o lugarejo dos meus sonhos. Agora é planejar a descida!

PARTE DE MINHA CARNE, DO QUE SOU...

A vida é frágil demais... Não me canso de lembrar quantas vezes caí na infância, porque era muito gordinha e meus pés tropeçavam fácil. Vivia me ralando e chorava muito... Muito dengosa e bem mimada mesmo. Afinal de contas, criada pela avó e tia-avó, eu fui única neta e única sobrinha até os meus 14 anos de idade. Sete tios por parte de mãe; mãe solteira; milhares de primos mais velhos ou mais novos. Algumas vezes até me sentia fora da minha época... Tive uma infância riquíssima de acontecimentos... simples, valiosa e muito feliz! Se essa rua fosse minha... Sim, a rua era minha! Era queimado, se duvidasse todos os dias. “Priscillaaaaaaaaaa vem jogar! Traz a sua bola pra gente brincar?!” Durante muitos anos, eu fui a única da minha rua que tinha uma bola, brinquedos da Estrela e que a mãe e os tios compravam presentes no Natal, pra mim e os meus amigos (carrinhos e bonecas). Minha família entendia o que era esperar o Noel e não ter nada debaixo da árvore de Natal. Foi assim que aprendi

REGURGITAR

Aquieta, coração! Aquieta que não é hora. Pular pela boca, disparar... Nem adianta, aquieta! Cérebro ordena, o coração gela. Até o corpo se encolheu. Faz frio mesmo. Os olhos não enxergam, mas a alma desnudou-se. Um viva para o acaso e um murro em quem inventou a saudade... Prelúdio da insensatez. Ânsia maldita, insônia, perturbação, delírio... Palavras regurgitadas... O que você deseja nesse momento? Nem pense. Dá logo um grito na frente do espelho. Talvez você atenda e caia em si. Talvez mergulhe nos braços de Morfeu e se perca na inação... Mesmo assim, coração se liberta, alivia. Choro? Talvez seja inevitável, alívio ou dor. Então... AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH! Tic-tac Tic-tac Tic-tac Tic-tac Tic-tac Tic-tac Morfeu me espera na caverna de Platão.