AINDA BEM QUE O BRASIL PERDEU A COPA!
(texto postado no meu perfil do Facebook, duas horas antes dos resultados do TSE para Presidente)
Perdemos o título esportivo e recuperamos, aos poucos, o bom senso. As pessoas ficaram mais atentas e interessadas em discutir política. Ela virou alvo de discussões nas rodinhas de amigos, seja no bar, no trabalho e, principalmente, nas redes sociais. Até aqueles amigos que nunca se posicionavam sobre política, ou se quer discutiam, passaram a ler mais sobre o tema e arriscar nas argumentações. Mentes que despertaram e isso me fez muito feliz nesse período! E a política, de alguma forma virou a vedete durante os meses dessa eleição.
Tem gente que ainda prefere não discutir, mas se faz necessário. Quando o partido A ou B ganha uma eleição, “somos todos um”! O voto é secreto, individual, mas deveria ser pensado como um ato coletivo e não de escolhas “umbilicais”, preconceituosas e racistas. Vivemos a política cotidianamente, partidária ou não. E como diria Brecht, o pior analfabeto é o político, que se aliena das discussões. Ele multiplica o senso comum e “compra” boatos, sem se quer checar as fontes. Torna-se um propagador da desinformação. E isso soma-se a um problema grave em nosso país: o analfabeto funcional.
Na minha time line vi discussões riquíssimas, assim como outras que me fizeram quase bloquear o caboclo. Mas a gente releva, porque sabe que muitos vomitaram o que sentiam no calor da discussão. Outros, sinceramente, assustaram-me. A verborragia era tamanha, tomada por ódio, ira e total desrespeito ao próximo. Enfim... Um exercício democrático bem incômodo, mas que se fez necessário.
Eu desejo do fundo do meu coração que essa energia, esse engajamento, que tornaram muitos aqui porta-vozes e ativistas de seus candidatos, seja perpetuada por todo o mandato. Não digo que todos devam se tornar sectaristas, ou fanáticos. Discutir política, significa pensar a realidade em que vivemos, incluindo o coletivo. Que sejamos mais efetivos na cobrança de quem assumir o poder. Que sejamos um povo mais participativo na busca pela ética cotidiana. Porque é muito fácil acusar A, B, C, de corruptos e ladrões e no dia-a-dia, molhar a mão do guarda, colocar o carro na vaga de deficiente, brigar no trânsito, explorar seus subordinados, dentre tantas outras questões que nos cercam a vida pessoal e profissional.
Eu desejo que cada um de nós realmente faça a sua parte, pra que nas próximas eleições não sejamos torturados por ter que escolher entre o pior e o “menos pior”. SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS PELOS GOVERNANTES QUE ESCOLHEMOS. ATÉ MESMO QUANDO NÃO VOTAMOS NELE!
Que venha o próximo mandato e tenhamos discernimento, coragem e atitude pra cobrar! Namastê!!!
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