FICÇÃO DO REAL

Confessei pra Lua meus desejos mais secretos
Vibrações terrenas na tela do computador
Pensamentos em Astral, sonhos, delírios, déjà vus...
Febre real.

Enquanto todos dormem
Meus anjos, deuses e demônios conspiram um final, ao som de Wagner
Enquanto todos dormem,
A Roda do Tempo não pára, meu cérebro desatina na Cavalgada
Minha boca resseca
Os dedos teclam aceleradamente, histórias, hipérboles, hipóteses, histeria, hiato...

Caminhos se cruzam, olhares se desencontram
Coração dispara, quando personagens ganham vida própria
E, freneticamente, página por página vai sendo escrita
Vidas manipuladas e moldadas na conveniência do autor
Simulam-se sofrimentos, declarações não feitas
A voz que se cala diante da injustiça
O gesto que se traduz em amor incondicional...
Alguns desenganos, verdadeiros presentes gregos
Outros, perfeitos cavalos de Tróia

E a cada segundo é o reviver de outrem
O avesso e o reverso do pensamento criativo
Ócio muscular, raciocínio ácido, acidentes planejados, crueldades perfeitas!
Senhora do tempo e do espaço!
A liberdade mais plena da expressão de Liberdade!

Mais um capítulo perto do fim...

(Mais um texto de exercício mental na madrugada... desconstruindo meus próprios textos)

Comentários

Anônimo disse…
Bela construção. Estou sem palavras, mas você stá com todas! Parabéns, mais uma vez!

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