BLOW UP

No meio de tanta gente, no meio de tantos, uma tonta, um santo, uma infame história do cotidiano...

Se nesta vida poderei descansar, não sei, se nesta vida poderei chorar, gritar sorrir, correr, lutar, urrar, posso também esmagar a angústia, a dor, o medo e assumir minha porção mais horrenda e egoísta.

A vontade de não desistir é forte. A ansiedade por me atirar no novo é absurda, mas a autocrítica persegue, maltrata, escarna.

O que acontece no peito, o que acontece na mente? Percorre vários corredores escuros, lameados, escorregadios, estreitos... desequilíbrio... pés molhados, frios, enrugados, doloridos e feridos. O que move a Vida? Desejos, anseios, sonhos impossíveis, ou na verdade um labirinto de possibilidades, que se desmancham em quebra-cabeças perfeitos? Montam e se remontam.

O que move sonhos, conquistas, metas? Uma vontade louca e desesperada de chegar até o fim, pra depois começar tudo outra vez? E no intervalo desse iniciar e reiniciar, percebe-se o quanto se vive para o tempo não parar, o vento bater, um alento ganhar, lamentos ouvir e confessar pra si mesmo que, o que importa é o amor, é o tesão pelas coisas que tornam a vida mais colorida, mais feliz, mais divertida... sorrir, dançar, amar, beijar, despertar e espreguiçar depois de um belo e maravilhoso dormir de olhos fechados, de janelas encerradas, num friozinho gostoso, numa manhã de inverno, depois de uma noite de amor, puro, terno, intenso e vibrante...

Depois daquele beijo não sou mais eu.
Somos um só sentido.
Somos um só.
Somos um.
Som.
Só.

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